terça-feira, 3 de agosto de 2021

שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

 







   Por Reinaldo Carlos


שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד 

Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

Esse texto de Deuteronômio 6:4, contextualiza a razão da escrita por משה(he) (Môshéh). 
Antes de observarmos esse texto mais profundamente, mostrando a importância dele para a construção do conceito da unicidade de Deus e sua implicação na formação da comunidade judaica, gostaria de observar as divisões dos três discursos de Moisés no Livro de Deuteronômio, ou como o conhecemos no conceito grego, "A Segunda Lei".
Prestes a entrar em Canaã, o povo de Deus pela palavra de Moisés é exortado para que, uma vez estabelecidos na terra, continuassem a observar a Lei de Deus, Moisés então, faz um discurso relembrando ao povo tudo aquilo que Deus havia feito em seu favor e que a observância aos seus estatutos era a garantia de que Deus continuaria sendo fiel para com eles, é como se Moisés passasse diante dos olhos do povo um filme em que os momentos angustiosos, Ele sempre esteve presente dando-lhes livramento de seus inimigos, a terra prometida está bem a frente, essa terra que mana leite e mel, traz também uma sensação de conforto, e é isso mesmo, sentimo-nos confortáveis quando a boa mão do Senhor age ao nosso favor, porém, esse conforto se não for bem trabalhado, pode gerar uma falta de vigilância nas questões ligadas ao Eterno.

Esse primeiro discurso então se estende do capítulo 1 ao capítulo 4: v43.

Quando Moisés inicia seu segundo discurso, ainda no quarto capítulo, o patriarca traz à memória toda a Lei que recebera no monte Horebe, essa recordação da lei vai do vv. 44 ao 49.

Então Moisés convocou todo o Israel e lhe disse: Ouçam, ó Israel, os decretos e as ordenanças que hoje lhes estou anunciando. Aprendam-nos e tenham o cuidado de cumpri-los. Deuteronômio 5:1, veja que nesse capítulo, Moisés repete os Dez Mandamentos, algumas características dessa repetição da Lei recebida no monte Horebe (Sinai), podem ser percebidas pelo leitor mais atento.

Como autor desse blog de estudos bíblicos, quero introduzir o aluno ao estudo dessa importantíssima passagem bíblica que está para o Antigo Testamento, o que João 3:16 está para o Novo Testamento, vale esclarecer que não me apego ao texto fora da linha de argumentação do autor, já que a Bíblia que conhecemos hoje, é muito diferente de seu formato original em que não havia divisão em livros, capítulos e versículos, desta forma, quando nos referimos a um texto específico, precisamos analisar profundamente e com responsabilidade de quem ensina e instrui, todo o seu contexto. Nunca é demais lembrar que, o argumento do autor precisa ser respeitado, caso isso não aconteça, estamos de uma forma bem radical, mudando esse argumento, quebrando portanto a linha de raciocínio do autor que teve segundo a própria Escritura, a inspiração do Espírito Santo. 
Que jamais, como expositores bíblicos, cometamos essa falta gravíssima!

Foto do Texto: Livro de Abrahan Joshua Heschel, "Man Is Not Alone".

O Homem Não Está Sozinho é um exame profundo e belamente escrito dos ingredientes da piedade: como o homem sente a presença de Deus, explora-a, aceita-a, e constrói vida sobre ela. A filosofia da religião de Abraham Joshua Heschel não é uma filosofia de doutrina ou a interpretação de um dogma. Ele ergue a sua estrutura de pensamento cuidadosamente construída sobre alicerces que são universalmente válidos, mas que são quase geralmente ignorados. Foi o Homem Não Está Sozinho que levou Reinhold Niebuhr a prever com precisão que Heschel "se tornaria uma voz comandante e autoritária não só na comunidade judaica mas também na vida religiosa da América". Com o seu volume companheiro, Deus em Busca do Homem, ele é reverenciado como um clássico da teologia moderna.

Nesta obra, Heschel cita um trecho da obra Guia dos Perplexos.

O Guia para os Perplexos:

Descrição

Este trabalho é um original árabe do Moreh Nevukhim, síntese magistral de Mamônides da filosofia aristotélica e da crença tradicional judaica. Conhecida em inglês como The Guide to the Perplexed, a obra foi composta originalmente em árabe e traduzida para o hebreu por Samuel ibn Tibbon em 1204. Moses ben Maimon, mais conhecido como Mamônides, foi um teólogo, filósofo e médico judeu. Ele nasceu em Cόrdoba, Espanha, em 1135. Em 1160, mudou-se com sua família para Fez, no Marrocos, para escapar da perseguição religiosa e, posteriormente, estabeleceu-se no Cairo, onde se tornou o médico pessoal do sultão e sua família. Ele também serviu como chefe da comunidade judaica do Cairo, onde morreu em 1204. Suas obras sobre teologia, direito, filosofia e medicina, a maioria escrita em árabe e traduzida para o hebraico, latim e outros idiomas, influenciaram amplamente tanto o mundo judeu como o não-judeu.

Jesus, certa feita discutia com os grupos religiosos de sua época, e muitos daqueles que se encontravam ali, sendo doutos na Lei, faziam perguntas na tentativa de pegar Jesus em algum tipo de fala contrária a própria Lei, o texto é de Mateus em seu capítulo 22 vejamos:

Ao ouvirem dizer que Jesus havia deixado os saduceus sem resposta, os fariseus se reuniram. 
Um deles, perito na lei, o pôs à prova com esta pergunta:
"Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? " Respondeu Jesus: " ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’.
Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Mateus 22:34-39. 
Nesta passagem, Jesus está fazendo referência ao Shemá Israel.

O Shemá Israel (Dt. 6: 4-9), é um texto que necessita de um olhar mais apurado, pois trata do posicionamento monoteísta definitivo que seria passado para a comunidade de Israel e assim de geração em geração, Moisés já sabendo que não iria entrar na terra prometida, trata de fazer uma apelo para que esse povo que entraria na terra prometida, não se desviasse do Deus único, Moisés faz então todo um resumo como se a fé judaica dependesse dessa afirmação, então o que entendemos por "ouvir" na nossa língua, para o povo de Israel, essa declaração de monoteísmo, tem outra compreensão totalmente diferenciada, trata-se da obediência e execução desse "ouvir", é para ser não só ouvido, porém, posto em prática, pois, quem ouve e não pratica é assemelhado ao mau ouvinte ou desobediente.  

As instruções do patriarca então, serviriam para a geração que viesse a habitar essa terra, Moisés já tinha conhecimento de que, não entraria na terra prometida, ainda que implorasse ao SENHOR DEUS, este não recuaria de sua decisão, “Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei” (Números 20:12). Esse foi o motivo pelo qual Moisés não entrou na terra prometida, leia também Dt 3: 23-29.
Moisés propõe então ao povo de Israel, a total obediência ao Deus único, essa proclamação é um recado para o povo de que, na comunidade judaica, não seria aceito o politeísmo, ou seja, Deus não iria aceitar dividir a glória Dele com mais ninguém, essa declaração de Moisés alerta ao povo para não cair no erro da idolatria, pratica comum em outros povos.
O que podemos então concluir dessa declaração de Moisés e da citação de Jesus quando perguntado qual o maior dos mandamentos, o Shemá evidencia que a obediência e servidão ao SENHOR DEUS, viria não pela imposição de um Deus autoritário, mas sim, pelo amor. Entender essa questão é o cerne de toda a Bíblia, esse Deus único que servimos e adoramos, nos amou e nos proporcionou uma vida abundante em todos os sentidos, não só aqui e agora, mas também, na eternidade.

Israel precisava, portanto, entender de forma absoluta que, obedecer a Deus não deveria ser uma carga, mas sim, uma oferta agradável pelos benefícios feitos por Ele.



Somos brasileiros, e lemos a Bíblia, Palavra de Deus e encaramos esses assuntos como estranhos à nossa cultura, mas a questão é: Precisamos saber disso?, e se a resposta for sim, por quê?
Eu diria basicamente que, para um estudante da Bíblia, estar afinado com esses assuntos trará uma carga substancial de conteúdo que entre outras coisas, manterá a mente em constante apuração de fatos que delinearam a História da Teologia desde que esse termo foi aplicado em academias teológicas, um púlpito com ensino, transforma uma comunidade em obedientes funcionais, se o conhecimento liberta, então que sejamos libertos pelo conhecimento da verdade, essa é a essência do Evangelho do Senhor Jesus, a boa notícia abafa os sofismas e nos direciona para a via dolorosa, seguir os passos do Cristo é mais que uma questão de penitência, é um ato de amor não proporcional, mas que à medida que entendemos a extensão da queda, vamos nos aprofundando cada vez mais nesse amor e na incompreensão de nossos aspectos cognitivos, não há enquadramento possível em determinar o que esse amor doado significa, então o Senhor nos apresenta a sua graça, ou em outra compreensão para além de nós, Ele nos apresenta a razão por ter mantido tudo aqui, apesar de nós, e é verdade, pois tudo depende Dele e sua suficiência, caso contrário, seria impossível o Shemá, seria uma tarefa quase que insuportável ao ser criado, depender das ordenanças de um Deus que em tempos de crise, parece estar tão distante, então qual é o motivo real que nos leva a adorar esse Deus?

Creio que a melhor das respostas é a nossa total impossibilidade diante de sua infinita possibilidade, é a aplicabilidade resoluta da mais perfeita e escancarada questão para além da vida e da existência, jamais será um cumprimento de regras, ou minimamente um acerto aqui ou ali, é a evidencia pura e por conseguinte natural de que Ele é a resposta final, Nele está o nosso norte, ao jovem rico da parábola que queria herdar a vida eterna, mas não compreendia o tempo e espaço em que vivia.
Era um observador de regras de cunho religioso que não fazia nenhum sentido a
entrega do tudo humano, para se alcançar o tudo de Deus, então quando é questionado, pensando dar a melhor de sua resposta, recebe um balde de água fria e acorda do seu sono de faz de contas.

Faz de contas que obedeço, faz de contas de que sigo, faz de contas que estou no rumo certo, faz de contas que apenas pela percepção das coisas de Deus, eu serei quem sabe, salvo de uma possível ira futura, sim possível, pois se eu não creio que Deus pode fazer algo para além daqui que me faça despertar, como o rico da parábola do Rico e Lázaro, então minhas possibilidades de salvação estão perdidas, sim pois o inferno pode nos alcançar aqui ou eternamente, e que bom se ainda for nesse plano, e mesmo que saiamos tristes da presença Dele, sabemos que podemos retornar e quem sabe como aqueles fariseus perguntar ao Mestre, "Então, quem pode ser salvo?" e ai você ouve aquela voz respondendo de forma firme: O que é impossível para os homens é possível para Deus". Lucas 18:27. Essa declaração é a beleza do Evangelho, a boa notícia que agora vos anuncio, para vocês se salvarem por si só é impossível, ainda que venda tudo e dê aos necessitados, tem que haver um amor para além do gesto, um amor que advém de um processo de entrega generosa, primeiro a Deus e depois àqueles a quem Ele amou de tal maneira, fora disso, é só um alívio de consciência momentâneo, a raiz não achou profundidade, então, não conseguiu se firmar. 

Jesus se reúne com pecadores e publicanos em plena luz do dia, disputa com os religiosos acerca de assuntos espinhosos para eles, há um fator complicador nessa comunicação entre Jesus e os religiosos dessa época e creio também, para os religiosos de todas as épocas, inclusive a contemporânea.
O fator complicador é que Israel ao fracassar no Shemá, deu as outras nações um motivo para blasfemar do Deus vivo, basta lembrarmos que Israel deveria servir de luz para outras nações, dessa forma, deveria seguir cabalmente os preceitos de Deus, Moisés conclama a nação ao Shemá, porém, haveria que ter também um compromisso pessoal de obediência, com certeza já ouvimos muitas histórias de famílias inteiras destroçadas pela atitude errada de um de seus membros, geralmente um pai alcoólatra ou um filho drogado, alguém que tomou um caminho errado e por conseguinte arrastou muitas pessoas após si. 

A questão então é: Por que fracassamos em dar ouvidos a Deus?

Uma coisa precisa ser dita, o lado de cá precisa se explicar, talvez até para si mesmo, ou desesperadamente buscar um lugar físico de refúgio e assumir seu erro perante Deus, creio ser essa a melhor forma de nos justificarmos com Deus, que Ele já nos conhece, isso é fato, porém há no Seu coração um desejo enorme que não vivamos presos ao pecado e ao erro, Deus sabe que vamos errar, porém Ele deseja que não pequemos, e o mínimo que deveríamos fazer é, não pecar.
Talvez, olhando para dentro de nós e procurando entender o porquê de tanto fracasso nessa questão da desobediência, possamos de fato entender um pouco da mente nacional desse povo, será que alguma outra nação presenciou o que Israel presenciou? Quantos milagres foram feitos diante de seus olhos, os quais ficaram pasmados e foram arrebatados em sentido para outra dimensão de compreensão da pessoa de Deus, o fato que nos interessa nessa investigação é: Como então se esqueceram tão rapidamente dessas maravilhas na presença do Senhor?

 Quero enfatizar, portanto que, a proclamação de משה (môshéh) em Deuteronômio tem como exortação principal a questão da obediência, nota-se essa referência em todo escrito do patriarca, portanto, um olhar atencioso nos mostrará que, o que Deus quer nos ensinar hoje, tem a ver com o que foi ensinado anteriormente para seu povo Israel, essa era a pretensão de Jesus em seus ensinamentos, ou seja, mostrar que na questão doutrinária, Deus é o mesmo, um trabalho que se inicia com o Pai, agora tem o Filho como principal agente e por conseguinte, para que haja o crescimento do corpo de Cristo, o Espírito Santo convergindo todas as coisas, não há segredos guardados, a revelação, Palavra do Senhor, não está oculta ao seu povo, pelo contrário, podemos acessá-la em qualquer tempo, e obedecê-la integralmente.
Traçando essa linha de pensamento, alinhamos nossa existência ao que nos foi passado de geração em geração, quando apenas recebemos a tradição como meio de aprendizado doutrinário, estamos muito próximos de não realizar o shemá, essa é uma questão que Moisés também vai tratar com o povo, é uma clara admoestação ao não desvio, palavras anteriores inclusive ao shemá, já traziam essa clara advertência, vejamos: 

No dia em que o Senhor lhes falou do meio do fogo em Horebe, vocês não viram forma alguma. Portanto, tenham muito cuidado,
para que não se corrompam e não façam para si um ídolo, uma imagem de qualquer forma semelhante a homem ou mulher,
ou a qualquer animal da terra ou a qualquer ave que voa no céu,
ou a qualquer criatura que se move rente ao chão ou a qualquer peixe que vive nas águas debaixo da terra.
E para que, ao erguerem os olhos ao céu e virem o sol, a lua e as estrelas, todos os corpos celestes, vocês não se desviem e se prostrem diante deles, e prestem culto àquilo que o Senhor, o seu Deus, distribuiu a todos os povos debaixo do céu.
A vocês, o Senhor tomou e os tirou da fornalha de fundir ferro, do Egito, para serem o povo de sua herança, como hoje se pode ver.
O Senhor irou-se contra mim por causa de vocês e jurou que eu não atravessaria o Jordão e não entraria na boa terra que o Senhor, o seu Deus, está lhes dando por herança.

Eu morrerei nesta terra; não atravessarei o Jordão. Mas vocês atravessarão e tomarão posse daquela boa terra.
Tenham o cuidado de não esquecer da aliança que o Senhor, o seu Deus, fez com vocês; não façam para si ídolo algum com a forma de qualquer coisa que o Senhor, o seu Deus, proibiu.
Pois o Senhor, o seu Deus, é Deus zeloso; é fogo consumidor.
Quando vocês tiverem filhos e netos, e já estiverem a muito tempo na terra, e se corromperem e fizerem ídolos de qualquer tipo, fazendo o que o Senhor, o seu Deus, reprova, provocando a sua ira,
invoco hoje o céu e a terra como testemunhas contra vocês de que vocês serão rapidamente eliminados da terra, da qual estão tomando posse ao atravessar o Jordão. Vocês não viverão muito ali; serão totalmente destruídos. Deuteronômio 4:15-26.

Sim! As declarações apontam para o caminho dessa obediência, em outro estudo falarei sobre esse "caminho de obediência"  e a relação entre os que ouvem e praticam e os que ouvem e não praticam, aliás esse ensinamento de Jesus trazido em Lucas 7 é uma admoestação ao shemá de Deuteronômio, entendendo, porém que, há a necessidade de uma entrada nessa nova vida, ou nova expectativa de vida, que vai na contramão de todo pensamento em relação ao sistema do presente século, Jesus ensina ao Nicodemos que há sim essa possibilidade, mais tarde já fora do contexto bíblico, temos o testemunho dos reformadores que entenderam o que estava sendo tratado, pulo de propósito a era da implantação da igreja, pois, quero focar em nós, pois o momento exige de nós um posicionamento cristão na questão do ouvir a voz de Deus. Esse posicionamento é tratado na Bíblia como luz para as outras nações, posicionamento que faltou ao povo de Deus, por esse motivo, os cativeiros, serviram de espada das outras nações contra aquilo que a Bíblia chama de obstinação, foi dessa forma que o povo aprendeu duramente as lições da parte de Deus, como nação e depois individualmente, então o shemá é um convite, não a prosperidade sem fundamento ou a dependência de um Deus que satisfaz todos os nosso desejos e caprichos, o convite é para uma comunhão em um ato de amor recíproco,  em que Ele nos amou primeiro 1Jo: 4,19.

Portanto, a grande pergunta que podemos fazer nesse momento é:
Podemos desagradar o coração de Deus, ou ferir sua santidade? 
Se você respondeu a essa questão, levando em consideração o poder de ação de Deus sobre todas as coisas, e verdadeiramente Deus tem outras "preocupações", devo-lhe informar que Deus sim, se sente ofendido quando fazemos algo que o desagrada, essa ofensa jamais se compara a nossa, pois conosco habita ainda a velha natureza, então, não é raro você ver pessoas mesmo dentro das igrejas magoadas com as outras, muitas vezes também de dentro das igrejas.

Podemos desagradar a Deus? SIM! Uma leitura rápida em 2Sm: 12, nos dará a perfeita resposta. Outras passagens também nos mostram essa realidade, o que não podemos é definir esse grau de ofensa, como se Deus se deixasse abater por isso e entrasse em crise, como nós, os humanos, o que Deus não deseja e isso, creio, ser algo que também não desejamos, é ser exposto, uma vez que essa exposição dá aos inimigos de Deus, ferramentas para blasfemar de Seu nome, essa exposição negativa vem quando nosso processo de santificação fica arranhado, quando não andamos da forma que Deus deseja, veja que Moisés, mesmo sabendo que não entraria na terra prometida, indica o caminho da santificação que, passa indiscutivelmente pelo shemá, não há desvios nessa questão, não há revelações subsequentes fora do contexto bíblico, não há nenhuma descoberta humana por mais racional que seja e por mais estudos que se façam ou se produzam afirmações de ordem universal e profundamente defendida academicamente, ou outra forma de pensar e agir nessa dimensão física que nos transporte para uma dimensão espiritual de bem aventurança, nada disso pode sufocar o shemá, não há nada mais perigoso para um cristão que ignorar o fato da realidade da Palavra de Deus, nada a substitui, nem sensações extra corpóreas ou línguas estranhas, ou viajem extra corpo, nada subsiste sem a shema, Moisés sabia disso, desde a sarça ardente, ele sabia que a shema, era a parte que importava e nós sabemos que hoje, essa realidade não mudou, pois Deus não muda e Jesus até classificou os da shemá como aqueles que adquiriram sabedoria que advém da prudência ao construir a sua morada sobre a rocha Mt: 7,24.
  




 













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