segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Esboço do Evangelho Segundo João.


  

ESBOÇO DA BÍBLIA PLENITUDE.

João (Abrev.: Jo).
Autor: Apóstolo João.
Data: Cerca de 85 dC.

Autor:

A antiga tradição da igreja atribui o quarto evangelho a João “o discípulo a quem Jesus amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20), que pertencia ao “círculo íntimo” dos seguidores de Jesus (Mt 17.1; Mc 13.3). De acordo com escritores cristãos do séc. I , João mudou-se para Éfeso, provavelmente durante a guerra Judaica de 66-70dC, onde continuou seu ministério.

Data:

A mesma tradição que localiza João em Efeso sugere que ele escreveu seu evangelho na última parte do séc. I. Na falta de provas substanciais do contrário, a maioria dos eruditos aceitam esta tradição.

Conteúdo:

Enquanto era bem provável que João conhecesse as narrativas dos outros três Evangelhos, ele escolheu não seguir a sequência cronológica de eventos dos mesmos como uma ordem tópica. Nesse caso, eles podem ter usado as tradições literárias comuns e/ou orais. O esquema amplo é o mesmo, e alguns acontecimentos em particular do ministério de Jesus são comuns a todos os quatro livros. Algumas das diferenças distintas são: 1) Ao invés das parábolas familiares, João tem discursos extensos; 2) Em lugar dos muitos milagres e cura dos sinóticos, João usa sete milagres cuidadosamente escolhidos a dedo que servem como “sinais”; 3) O ministério de Jesus gira em torno das três festas da Páscoa, ao invés de uma, conforme citado nos Sinóticos; 4) Os ditos “Eu sou” são unicamente joaninos.

João divide o ministério de Jesus em duas partes distintas: os caps. 2-12 dão uma visão de seu ministério público, enquanto os caps. 13-21 relatam seu ministério privado aos seus discípulos. Em 1.1-18, denominado “prólogo”, João lida com as implicações teológicas da primeira vinda de Jesus. Ele mostra o estado preexistente de Jesus com Deus, sua divindade e essência, bem como sua encarnação.

Cristo Revelado:

O livro apresenta Jesus como ó único Filho gerado por Deus que se tornou carne. Para João, a humanidade de Jesus significava essencialmente uma missão dupla: 1) como o "Cordeiro" de Deus (1.29), ele procurou a redenção da humanidade; 2) Através de sua vida e ministério, ele revelou o Pai. Cristo colocou-se coerentemente além de si mesmo perante o Pai que o havia enviado e a quem ele buscava glorificar. Na verdade, os próprios milagres que Jesus realizou como “sinais”, testemunham a missão divina do Filho de Deus.

O Espírito Santo em Ação:

A designação do Espírito Santo como “Confortador” ou “Consolador” (14.16) é exclusiva de João e significa literalmente. “alguém chamado ao lado”. Ele é “outro consolador”, isto é, alguém como Jesus, o que estendeu o ministério de Jesus até o final desta era. Seria um grave erro, entretanto, compreender o objetivo do Espírito apenas em termos daqueles em situações difíceis. Ao contrário, João demonstra que o papel do Espírito abrange cada faceta da vida. Em relação ao mundo exterior de Cristo, ele trabalha como o agente que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8-11). A experiência de ser “nascido no Espírito” descreve o Novo Nascimento (3.6). Como, em essência, Deus é o Espírito, aqueles que o adoram devem fazê-lo espiritualmente, isto é, conforme comandado e motivado pelo ES (4.24). Além disso, em antecipação do Pentecostes, o Espírito torna-se o capacitador divino para o ministério autorizado (20.21-23).

João revela a função do Espírito Santo em continuar a obra de Jesus, guiando os crentes e a um entendimento dos significados, implicações e imperativos do evangelho e capacitando-os a realizar “obras maiores” do que aquelas realizadas por Jesus (14.12). Aqueles que creem em Cristo hoje podem, assim, enxergá-lo como um contemporâneo, não apenas como uma figura do passado distante.

Esboço de João:

Prólogo 1.1-8.

I. O ministério público de Jesus 1.19-12.50.

Preparação 1.19-51.
As bodas em Caná 2.1-12.
Ministério em Jerusalém 2.13-3.36.
Jesus e a mulher de Samaria 4.1-42.
A cura do filho de um oficial do rei 4.43-54.
A cura de um paralítico em Betesda 5.1-15.
Honrando o Pai e o Filho 5.16-29.
Testemunhas do Filho 5.30-47.
Ministério na Galileia 6.1-71.
Conflito em Jerusalém 7.1-9.41.
Jesus, o bom Pastor 10.1-42.
Ministério em Batânia 11.1-12.11.
Entrada triunfal em Jerusalém 12.12-19.
Rejeição final: descrença 12.20-50.

II. O ministério de Jesus aos discípulos 13.1-17.26.

Servir— um modelo 13.1-20.
Pronunciamento de traição e negação 13.21-38.
Preparação para a partida de Jesus 14.1-31.
Produtividade por submissão 15.1-17.
Lidando com rejeição 15.18-16.4.
Compreendendo a partida de Jesus 16.5-33.
A oração de Jesus por seus discípulos 17.1-26.

III. Paixão e ressurreição de Jesus 18.1-21.23.

A prisão de Jesus 18.1-14.
Julgamento perante o sumo sacerdote 18.15-27.
Julgamento perante Pilatos 18.28-19.16.
Crucificação e sepultamento 19.17-42.
Ressurreição e aparições 20.1-21.23.
Epílogo 21.24-25.

Fonte: Bíblia Plenitude.




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sábado, 3 de outubro de 2020

Esboço do Evangelho Segundo Marcos.


                                                       A História Bíblica:

O Evangelho de Marcos é um dos quatro evangelhos na Santa Bíblia e é o segundo livro em ordem cronológica apresentado no Novo Testamento. Marcos (João Marcos era o seu nome completo) era um amigo de Simão Pedro, um dos 12 apóstolos que seguiram Jesus Cristo durante o Seu ministério público na terra. Pedro foi o nome dado a Simão por Jesus pessoalmente (Marcos 3:16). Pedro era muito próximo de Jesus e depois da crucificação de Jesus na cruz romana foi um dos fundadores da igreja Cristã primitiva. Apesar do livro ter sido escrito por Marcos, acredita-se que os fatos aqui registrados são as narrativas de Pedro durante o seu ministério com Jesus. O consenso entre os estudiosos é que o livro de Marcos foi escrito entre 50 e 60 D.C. O autor é mencionado várias vezes no Novo Testamento, começando no livro de Atos, capítulos 12 e 13, em Colossenses 4:10 e finalmente em 2 Timóteo 4:11. O livro de Marcos foi provavelmente escrito na Itália, e talvez em Roma. Esse livro tem 16 capítulos e é o mais curto dos quatro evangelhos. No entanto, os detalhes dos eventos e milagres de Jesus nesse livro são consistentes com os outros três evangelhos: Mateus, Lucas e João.


O Evangelho de Marcos: O Esboço e a Estrutura:

O Evangelho de Marcos é dividido em sete seções que descrevem a vida e o ministério de Jesus Cristo. O primeiro capítulo começa com uma citação de Isaías, um profeta do Velho Testamento, e João Batista, o qual profetizou sobre a vinda do Messias.
Esse capítulo também detalha o batismo e a tentação de Jesus. O começo da segunda seção do livro descreve o momento quando Jesus convida Simão Pedro e seu irmão André para fazerem parte do Seu ministério juntamente com mais dez discípulos (Marcos 1:14-20). Jesus começa a executar milagres durante a segunda seção do livro (veja Marcos 1:21), conhecida também como o seu Ministério Galileu pelo versículo 6:29. Seção três descreve a saída de Jesus e Seus discípulos da Galileia e o milagre de alimentar 5000 pessoas com cinco pães e dois peixes (Marcos 6:37-44).

 Esse capítulo também descreve o milagre de Jesus andando sobre as águas (Marcos 6:49), a confissão de Pedro de que Jesus era o Messias (Marcos 8:29) e a transfiguração (Marcos 9:2-5). Na última parte dessa seção, Jesus prediz Sua morte e ressurreição (Marcos 9:32). Seção quatro, começando com o versículo 9:33, cobre o período quando Jesus vai até Cafarnaum e prega aos Seus discípulos sobre quem é o maior (Marcos 9:36) e vários outros assuntos. Jesus então vai até a Judeia na seção cinco, começando com o capítulo 10.

Lá, Ele ensina sobre vários assuntos, executa o milagre de restaurar a visão de um homem cego que demonstra fé (Marcos 10:52) e novamente prediz a Sua morte e ressurreição aos Seus discípulos (Marcos 10:33, 34). Capítulos 11 a 15 começam com sua entrada triunfal em Jerusalém montado em um jegue (Marcos 11:1-11). Em Jerusalém, Jesus ensina muitas lições ao responder várias perguntas, ao contar parábolas e ao dar advertências às pessoas. A Santa Ceia é mencionada várias vezes nos versículos 14:17-26. Jesus então é preso, julgado e crucificado na cruz. A última seção do livro de Marcos detalha a ressurreição de Jesus Cristo do túmulo.


O Evangelho de Marcos: Qual a importância?

O Evangelho de Marcos apresenta muito fatos e lições importantes.
Primeiro, esse livro claramente estabelece que Jesus Cristo é o Messias profetizado no Velho Testamento.
Segundo, esse livro prova que Jesus era o que clamava ser: o Filho de Deus que viveu uma vida sem pecado e perfeita.
Terceiro, o Evangelho registra os milagres de Jesus sobre a natureza (acalmando a tempestade em 4:37-41; andando sobre as águas em 6:48-51; e a figueira cujas raízes secaram em 11:12-14).

Outros milagres foram a cura de muitas pessoas, incluindo a sogra de Pedro (1:30-31), o homem paralítico (2:3-12), a mulher com hemorragia (5:25-29) e o mudo e surdo (7:31-37). Jesus também demonstrou poderes milagrosos sobre a morte ao ressuscitar a filha de Jairo (5:37-39). O fato mais importante no Evangelho de Marcos é a evidência de que Jesus Cristo venceu o poder da morte através de Sua ressurreição do túmulo.

 Ele provou que não há qualquer poder maior que Ele, que Ele tem a autoridade de perdoar pecados, e que Ele é o Único Filho de Deus. Por último, Jesus dá instruções perfeitas sobre como Deus quer que as pessoas vivam, respondam a circunstâncias difíceis e façam decisões sobre o futuro e eternidade. Alguns exemplos incluem ter fé (Marcos 2:5), substituir medo com confiança (Marcos 4:40), acreditar no poder de Deus (Marcos 5:36), seguir a Cristo (Marcos 8:35), compreender a vontade de Deus (Marcos 9:35) e sacrifícios (Marcos 10:21). Cada palavra falada e escrita nesse Evangelho pode ser aplicada à vida de uma maneira prática. Claro que um resumo desse Evangelho destaca apenas as partes mais importantes do texto atual e não pode servir como um substituto. Gostaríamos de encorajar você a ler o Evangelho de Marcos para aprender mais sobre Jesus Cristo.