quarta-feira, 22 de outubro de 2025

A História do Hebraico - Rosen School Of Hebrew.

 

Como o hebraico nos uniu novamente.

O hebraico é uma língua maravilhosa com uma história rica e vívida. Faz parte da história dos judeus, o chamado povo errante. Ele evoluiu a partir dos dialetos semitas cainitas do noroeste, e foi uma das muitas línguas que surgiram dali.

Desde o início, era parte da identidade dos hebreus, também conhecidos como os israelitas. Era a língua dos antigos reinos de Israel, dos quais havia muitos, principalmente durante o ápice do antigo Israel, durante os reinados do rei Davi e do rei Salomão. É a língua original da Bíblia, um texto, como você sabe, de grande importância para muitas pessoas em todo o mundo até hoje.

Como outras línguas, foi ameaçada de extinção em vários pontos. Mas hoje em dia, é novamente uma língua viva, falada na sua antiga pátria. Mas antes deste retorno, ele passou por uma longa jornada de milhares de anos. Passando por muitas fases em sua evolução como língua, ele teve uma parada brusca no seu uso coloquial no começo da Era Comum (ou, como também chamamos, na época depois de Cristo). O hebraico deixou de ser uma língua falada no dia-a-dia por volta de 400 d.C.

Quando outras línguas começaram a suplantar o hebraico

Você pode pensar que esta é uma história triste, o canto do cisne de uma bela língua. Felizmente, você sabe que tem um final feliz! Mas antes de chegarmos nele, temos de passar por alguns lugares, começando pela Babilônia. Os babilônios era um povo conquistador, que buscava ampliar seu império por meio da espada e do sangue. Em 597 a.C., a Babilônia atacou Jerusalém e deixou grande parte da cidade devastada. O Primeiro Templo foi destruído. E os israelitas foram levados para a capital daquele império, e tiveram sua ligação com a Terra Santa cortada. Isto poderia ter sido o fim para os hebreus. Como era costume para a época, a conquista por um inimigo geralmente significava aniquilação ou assimilação do povo conquistado. No fim, isso levava à incorporação da nação derrotada pelo conquistador.

Não foi assim para os hebreus. Mesmo no exílio, eles mantiveram as suas tradições, incluindo a sua língua materna. Mas aprenderam a falar aramaico. Esta também era uma língua semita e falada por seus conquistadores. Como era uma lingua comum, ela era de uso conveniente entre os diferentes povos.

De qualquer forma, o que os babilônios conseguiram com a espada, eles perderam pela espada. Os persas se tornaram a nova força dominante na região, e eles conquistaram a Babilônia. E assumiram o controle do império. Como eles eram uma nação mais tolerante, permitiram que os hebreus retornassem à sua terra natal. Os hebreus levaram o aramaico com eles. E o seu uso fazia parte do dia-a-dia. (É por isso que essa língua antiga ainda é estudada por pesquisadores bíblicos hoje em dia, pois fazia parte dos pergaminhos bíblicos). O hebraico agora tinha uma língua concorrente no seu próprio quintal figurativo.

Inegavelmente, Alexandre, o Grande, era muito mais bonito do que podemos ver aqui. E Colin Farrell provavelmente não lhe fez justiça. (Fonte: Wikimedia)

Alexandre, o Grande, faz uma visita.

De acordo com todos os relatos, Alexandre era bonito, arrojado e talentoso. E ele tinha algo muito característico. O fato de destruir tudo ou qualquer um que se metesse no seu caminho. Quando ele marchou pela Judeia, trouxe junto o helenismo, incluindo a língua grega. E os israelitas fizeram questão de não o enfrentar.

O conquistador macedônio havia derrotado a Pérsia, o que significava que os despojos incluíam todos os territórios anteriormente pertencentes aos persas. Isto incluía as terras dos hebreus. Conseguiu perceber uma tendência aqui?

O helenismo é a cultura dos gregos antigos. Incluía suas filosofias, modas e disposições artísticas. E agora se espalhava pelo mundo conhecido, graças aos macedônios. Muitos judeus se tornaram helenizados, e muita coisa boa veio disso. O Talmude, sagrado hoje entre os judeus, foi fortemente influenciado pela escola ocidental de Filosofia e pensamento filosófico. Até hoje, recomenda-se o estudo do Talmude ocasionalmente para estudantes de direito. Por quê? Porque a sua estrutura argumentativa é considerada uma das melhores do mundo.

Mas nós estamos divagando.

O helenismo resultou com uma nova tendência, a de judeus indo para a diáspora, explorando novas terras que os conectavam com o mundo. Ao fazer isso, eles assimilaram novas línguas, como o grego antigo. E ela também acabou se tornando de uso comum nos territórios israelitas. Em oposição a isso iria se formar, mais tarde, o judaísmo rabínico, que levou o hebraico consigo e transformou a religião judaica em algo portátil.

Roma entra no palco mundial.

Há uma distinção interessante entre as línguas em desuso. Algumas delas são as línguas extintas, outras são as línguas mortas. Uma língua extinta não tem falantes em nenhum lugar do mundo hoje. Nenhum falante nativo. Nenhum falante religioso. Nenhum falante estudioso. Em oposição, uma língua morta não tem falantes nativos, mas ainda é usada. Para fins litúrgicos, por exemplo. Ou para estudos, como o latim. Latim, a língua de Roma, é uma língua morta. Mas com certeza é arremessada como pedras de uma funda por tribunais mundo afora, em muitos países ao redor do planeta.

Mas, voltando ao assunto, Roma dominou os macedônios (a tendência continua…). No começo, as coisas eram pacíficas entre os romanos e os judeus. Até que algumas rebeliões deterioraram a relação. O resultado? Roma atacou duramente a Judeia em 70 d.C., quando os judeus se rebelaram contra o domínio romano. Mesmo os judeus sendo combatentes apaixonados e dedicados, no fim das contas ninguém poderia resistir ao poder de Roma.

Os últimos a serem derrotados foram os zelotes, defendendo sua fortaleza de Massada, recusando-se a se render aos romanos que os cercavam. A história deles é de um heroísmo trágico. Outra parte desta tragédia foi a perda do Segundo Templo. Foi destruído pelos romanos, que usaram explosivos relativamente sofisticados para a época. Eles os colocaram em buracos nas paredes do Templo e os detonaram, causando o tipo de destruição que se vê quando uma mão fechada segura fogos de artifício. O resultado disso foi mais judeus indo para a diáspora.

Mas o pior ainda estava por vir.

Quando o hebraico se tornou uma língua morta.

Houve uma última rebelião. E foi épica. Épica mesmo, o tipo de rebelião que se vê em filmes de Hollywood. Aconteceu na província romana da Judeia. Incluindo aliás as regiões de Samaria, Idumea e Judeia. Nem todos os judeus dos ex-reinos de Israel estavam ali. Alguns estavam na Galiléia e outras regiões próximas, por exemplo. Mas muitos estavam. E eles já tinham sofrido o suficiente.

Conhecida como a Revolta Bar Kokhba, por volta de 115 e 117 d.C., começou sobre questões não discutidas entre os administradores romanos e o povo judeu. Como colocar estátuas romanas em locais sagrados judaicos, por exemplo, e também tensões políticas.

E os judeus estavam se saindo bem quando a guerra começou. Eles cercaram e destruíram uma guarnição romana. Enfrentaram e venceram as legiões de reforço vindas de áreas vizinhas como a Arábia. Eles até conseguiram estabelecer estados independentes por um tempo. Com moedas próprias cunhadas, inclusive. Tal era a sua ferocidade pela liberdade.

Ainda mais feroz foi a parte significativamente grande do exército romano enviada para acabar com a rebelião. Adriano, imperador de Roma, já estava farto e enviou seis legiões com apoio. Numa das guerras mais devastadoras da época, os romanos acabaram por dizimar a área. Embora não sem perdas severas. Duas legiões tiveram que ser desmontadas devido às baixas sofridas.

Como resultado, e pela total supressão exercida por Adriano, que ficou furioso com o alto número de baixas nas suas legiões, os judeus foram impedidos de entrar em Jerusalém. Eles também sofreram outras penalizações. O judaísmo rabínico começou a ser reprimido. Isso incluía judeus de regiões que não estavam diretamente envolvidas na rebelião e até mesmo cristãos judeus (já que as duas religiões não eram totalmente distintas naquele momento) que nem sequer tinham feito parte da rebelião.

Entre aqueles na província que se rebelaram e lutaram, muitos foram mortos ou levados como escravos. Muitos judeus, devastados, foram para a diáspora.

Quanto ao hebraico, muitos judeus já estavam usando o aramaico e grego com maior frequência do que a sua língua habitual, já que essas duas línguas eram consideradas línguas internacionais e cosmopolitas na época. E, claro, o latim dominou tudo. Provavelmente por causa da rebelião fracassada, o hebraico viu um novo declínio, que veio junto com o arrefecimento do nacionalismo. Então, em cerca de 400 dC, ele deixou de existir completamente como uma língua nativa.

Onde quer que os judeus fossem, as línguas de seus novos lares tornavam-se suas línguas maternas. Mas o hebraico conseguiu sobreviver de algumas formas: tanto como língua de troca entre judeus quanto como língua sagrada ao ler as escrituras e a Torá.

Na diáspora.

Muitos judeus foram para os países do Oriente Médio, encontrando lá um lar e esperança. Mesmo quando o Islã surgiu, no século VII, os judeus eram vistos como “o Povo do Livro” e eram bem tratados.

Diferente da Europa, onde eles foram repetidamente acolhidos em um país para ajudar a melhorar a economia, e então eram forçados a fugir, sob a ameaça de armas. Isto era feito para substituir os postos de poder ocupados pelos judeus, dando-os a etnias associadas aos respectivos países. Esse padrão se repetiu muitas vezes. Não ajudava o fato de que as comunidades judaicas ficassem fechadas em si mesmas, e que assim fossem vistas como “O Outro” pela população local. Dispostos a aprender a língua, mas não dispostos a se integrar totalmente à cultura do país, os judeus preferiam se relacionar apenas uns com os outros. O resultado disso era que, quanto desastres aconteciam, os judeus eram sempre os bodes expiatórios, e eram aterrorizados.

Mesmo com os judeus se espalhando por muitos países, em seus corações eles ainda eram uma só nação. Mesmo divididos geograficamente, a milhares de quilômetros de distância, os judeus sempre tinham um lar espiritual que os seguia aonde quer que fossem. Seja na escuridão e na umidade dos guetos do leste europeu, ou nas brilhantes e ensolaradas terras no Iraque, os judeus estavam conectados por sua Torá. A Torá carregava consigo não apenas a Palavra de Deus. Para os judeus, ela levava uma língua antiga. O hebraico.

A língua de casa.

Uma língua morta revive.

Embora os judeus falassem árabe, inglês, francês, alemão e iídiche em suas rotinas diárias, todos se reuniam para orar em hebraico onde quer que estivessem no mundo. Uma língua não pode ser esquecida quando é mantida no coração.

A tradição judaica de transcrever ou criar uma Torá foi um processo delicado. Você já deve saber que um único erro na escrita de uma única letra fazia com que a Torá em produção fosse abandonada. Essa Torá sem uso ainda era considerada sagrada o suficiente para que não pudesse ser simplesmente descartada. Em vez disso, era feito um enterro, e ela era devolvida à terra como se fosse uma pessoa que tinha falecido.

Apenas uma Torá sem um único erro poderia ser considerada Santa. Isso era importante porque significava que a mudança natural que as línguas sofrem ao longo do tempo, devido a erros de transcrição, não tinha como acontecer. Não importa qual comunidade judaica você visitou no mundo, a Torá é exatamente a mesma, palavra por palavra, graças a esta tradição. Devido à diligência e reverência com que foi tratado, o hebraico nunca mudou, nem jamais foi perdido. Mesmo com os judeus espalhados pela diáspora.

O Mar Morto, chamado assim devido ao seu alto teor de sal, torna impossível a existência de vida nele. Mas um retorno a esta região pelos judeus também significava que o hebraico não era mais uma língua morta!

O retorno triunfante do hebraico.

No século XIX, em resposta à intensidade do anti-semitismo em vários países europeus, um congresso mundial de judeus decidiu retomar uma causa nacional. Desde a Revolta Bar Kokvar contra Roma não havia esse desejo tão intenso por nacionalidade, autodeterminação e identidade nacional. Como o hebraico estava associado aos antigos reinos de Israel, isso naturalmente levou-o a se tornar a língua nativa dos judeus. E os seus falantes continuaram a aumentar em número, à medida que a migração para o que é hoje o Israel moderno começou.

Corta para o século XX. As comunidades judaicas, separadas por dezoito séculos, foram reunidas na terra de Israel. Todos carregando a mesma Santa Torá. E, naturalmente, a língua em que todos eles podiam se relacionar era o hebraico. O hebraico, desde então, evoluiu para uma língua moderna, tornando-se a língua oficial de Israel.

O hebraico une todos os diferentes judeus que vieram como refugiados e imigrantes a uma terra que era considerada perdida por quase dois mil anos. O imperador romano Adriano tinha a intenção de destruir completamente os judeus em sua repressão e dizimação da Revolta Bar Kokhba. Ele queria eliminar a Judeia do mapa. Literalmente. Mudou o nome da região para Síria Palaestina.

Ele esperava que os judeus se dispersassem por outras culturas, tornando-se absorvidos por elas e perdendo sua identidade. Para o hebraico não se tornar apenas uma língua morta, mas sim uma língua extinta. No entanto, ele falhou. O mundo gira, e o hebraico e seus falantes sobrevivem ainda hoje, muito tempo depois do fim do império romano e dos romanos que buscavam sua destruição. Como uma nação, os israelenses riem, dançam, sorriem, cantam, compartilham histórias e piadas em hebraico.

Mas ainda há uma diáspora. Os judeus permanecem em muitos dos seus países adotivos até hoje. Embora alguns pretendam retornar ao seu lar espiritual em algum momento, muitos simplesmente querem fazer parte da magia que é o hebraico israelense. A capacidade de falar fluentemente ao visitar Israel é emocionante para aqueles cujos corações estão com o país. Falar com um morador local e receber uma recepção calorosa é especial.

Curiosamente, o hebraico é um dos únicos exemplos de uma língua morta sendo trazida de volta à vida. E continua a ser o tecido conjuntivo entre todas as comunidades judaicas no mundo, mas que têm seu coração em Israel.

Se você quiser se conectar a esta língua expressiva, apaixonante e poética, que tal estudá-la no Rosen Instituto de Hebraico? Somos parceiros da Universidade Hebraica de Jerusalém, e também os provedores oficiais de educação para o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel e o Ministério da Educação de Israel. O que nos torna uma valiosa ferramenta que contribui para a propagação do hebraico em todo o mundo.

Então, fale com a gente! E aprenda a falar uma língua que os seus descendentes falaram há mais de dois mil anos. Afinal, quantas pessoas podem dizer que são capazes de fazer isso?

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Psicopatia e Sociopatia, Desafios da Igreja Cristã.

 

Psicopatia x Sociopatia: O Novo Nascimento.




Por: Reinaldo Carlos.

 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (ARC). 2Co 5:17.

Estar em Cristo é ser uma nova criação. Partindo dessa definição dada pelos discípulos do Senhor Jesus, devemos considerar que uma nova mentalidade também nasceu nessa nova criatura, portanto, não deveríamos ter problemas com os chamados convertidos, aqueles que se tornaram novas criaturas em Cristo, pelo texto apresentado, já não vivem mais as agruras do velho homem, afinal, "As coisas velhas já passaram", sendo assim, todos os elementos da velha natureza foram sepultados pelo Batismo, tanto em Jesus, como nas águas, o Batismo em Jesus imerge a nova criatura em Cristo, ação direta de justificação sem a necessidade de qualquer ritual ou coisa que se assemelha, já o Batismo nas águas, uma das ordenanças da Igreja, a outra é a Ceia do Senhor,  permite a essa nova criatura, expressar a sua fé diante dos homens e o insere na Igreja visível do Senhor Jesus Cristo, que é o Seu Corpo.

Enquanto escrevo esse artigo, hoje é 24/12/2024 véspera de Natal, um dos assuntos mais comentados dos últimos dias nas redes sociais dava conta do envolvimento de um pastor que havia sido preso por compartilhar fotos e vídeos de crianças e adolescentes em posições sexuais num site de sua própria criação, a polícia encontrou um vasto material em sua residência, ainda se investiga se, alguns membros de "sua" igreja estão envolvidos, parece haver uma rede de compartilhamentos.

Creio, ser a nova criatura revestida de autoridade, quando digo revestida, trago a mente o primeiro casal diante de Deus sendo confrontado por conta de sua queda e consequentemente perdendo o padrão de excelência que gosto de chamar de autoridade, essa é uma boa palavra para descrever o que eles eram antes de serem enganados pela Serpente no Éden, Jardim de Deus e cederem essa autoridade para Satanás, o ser criado não perdeu a sua vestidura original, o que mudou foi a forma como ele mesmo se enxergava, a vergonha é a demonstração do nosso ser fragilizado, a exposição nos torna conhecedores de nós mesmos em circunstâncias em que Deus nos coloca diante Dele e nos mostra o padrão perdido, o que Adão e Eva enxergavam agora era uma sombra deles mesmos, envolvidos numa fuga interior, homem e mulher agora se escondem, primeiro um do outro, depois de Deus, Davi teve essa experiência ao ser confrontado por Natã (2Samuel 12), quando escreve o Salmos 51, revela a loucura primária do ser criado que é mentir para você mesmo e a loucura das loucuras que é tentar mentir para Deus. 

Há três anos, um pastor atentou contra sua própria vida. O desespero e a vergonha da exposição culminaram em sua morte prematura. Em uma de suas "aventuras" com uma das suas ovelhas, numa conversa pessoal e aparentemente descompromissada por uma rede social, os dois trocavam fotos de suas intimidades, como ele estava seguro de que seu pecado ficaria restrito aquele ambiente, se sentiu seguro em mandar mais fotos cada vez mais provocativas e assim causar um impacto na jovem que também se sentia em um ambiente seguro e assim caprichar nas fotos trocadas, o que ele, totalmente embriagado pela sensação de domínio da situação e da vítima completamente subserviente aos seu acessos, não contava é que um homem controlado pelos hormônios em algum momento será traído por essa espiral de sensações, as mãos trêmulas, o corpo suado, os olhos fixos quase não piscam diante do objeto de desejo, nesse afã, em uma de seus envios, a confusão mental se sobrepôs, os comandos já não atuavam mais em sincronia com a mente, algumas fotos então foram parar no grupo de sua igreja, o homem estava cego e possesso, uma centrífuga hormonal batia forte em sua mente ao ponto de deixá-lo totalmente fora de si ou qualquer realidade, o final dessa investida foi uma corda em volta do pescoço, é sempre assim que termina!
Uma série exibida pela Netflix em 2022 intitulada "O Golpista do Tinder." (Netflix Official), 
traz a realidade de um psicopata israelense que é extremamente habilidoso na arte do engano, dezenas de mulheres uma após outra em várias partes do mundo seduzidas pelo golpista que as manipula ao ponto de várias delas relatarem a perda de mais de 250 mil dólares, joias, carros, poupança, casas, entre outros bens, são arrastados pelas correntezas da cegueira, quando as vítimas se dão conta do engano, já é tarde demais e o golpista, assim como surgiu, desaparece nas sombras até seu próximo ataque.

Estudos revelam que há uma diferença quase que imperceptível entre psicopatia e sociopatia, já que, as duas abordam temas ligados a comportamentos antissociais.
Fatores biológicos estão associados à psicopatia, enquanto a sociopatia trata desses fatores no campo ambiental porém, os dois são tratados como transtorno de personalidade.

Empatia: É a capacidade psicológica de sentir o que sentiria outra pessoa, caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. É tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar o que sente outro indivíduo.[1]
Essa é a principal característica de um psicopata, a falta total do sentimento de  empatia, essa falha o torna manipulador das situações, não interessa como o outro esteja se sentindo, para um psicopata essa situação não o afeta, o que importa é realizar seu objetivo final, ou seja, aquilo que a sua mente organizou, precisa ser completado, dessa forma, a pouca ou nenhuma importância com o sentimento alheio.
Remorso: Arrependimento; sentimento de culpa, sensação de mal-estar, de angústia que resulta de uma falha ou erro cometido contra alguém.[2]
Já que os vínculos emocionais não importam, a integração social também não, o sociopata é incapaz de uma autoavaliação imediata, acredito até em médio prazo, creio assim pelo fato de que um sociopata age por impulso, ou seja, de uma maneira irrefletida, por esse tipo de comportamento, as relações ficam prejudicadas.

Questões comportamentais:
  • Psicopatia: Psicopatas tendem a ser mais controlados e planejadores, muitas vezes mantendo uma fachada de normalidade e integração social. Eles são mais calculistas e racionais em suas ações, evitando riscos e buscando manipular as situações a seu favor sem chamar atenção.
  • Sociopatia: Sociopatas, por sua vez, são mais impulsivosdesorganizados e agressivos. Eles têm mais dificuldade em formar relações sociais e são propensos a reações violentas e explosivas, o que pode levar a um comportamento errático e imprevisível.[3]
E quando todos esses comportamentos vão parar dentro de um ambiente em que as relações interpessoais são complexas e necessitam estar fundamentada na Palavra de Deus?
Quais são os desafios enfrentados pela igreja principalmente deste século nessas questões?

O ambiente igreja como nós conhecemos e aprendemos chamar tem sua inauguração visível em Atos dos Apóstolos capitulo dois, uma grande massa de novos convertidos agora precisam encontrar sua centralização, houve um esforço tremendo dos apóstolos que lutaram contra a infiltração de grupos religiosos nessas novas comunidades, o modelo de Templo foi adotado, os discípulos de Jesus cuidam do ministério da Palavra, enquanto um grupo de homens separados pela comunidade fazem o serviço social, esse modelo perdura até os dias de hoje, o relato está em Atos dos Apóstolos capítulo seis.

Quando lemos as cartas de Paulo e as cartas pessoais encontramos a base para a condução doutrinária das comunidades em todos os períodos da história. Nos deparamos com inúmeros casos de pessoas que causaram enormes problemas para essas comunidades, muitas ideias propagadas, falsas doutrinas, problemas de comportamento, retorno às velhas práticas entre outros. Como podemos notar, não é de hoje que as comunidades cristãs enfrentam problemas com pessoas que, de alguma forma carregam deformações de caráter e que não se renderam de fato às mudanças propostas pelo Espírito da verdade.
Exortações à santidade: Efésios capitulo quatro.
25 Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. 26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,27 nem deis lugar ao diabo. 28 Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. 29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. 30 E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. 31 Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. 32 Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.

Essas são instruções de ouro, à nova criatura é apresentado um modelo eterno em relação a caminhada cristã, muitos que entraram pela porta, infelizmente se mantiveram parados, estáticos, não iniciaram a caminhada, não observaram o alvo proposto (Fp. 3,14), quando a carta de Thiago é exposta ela traz uma clareza em relação ao caminhar do crente, bem como, o seu portar e agir dentro dessas comunidades. O grande desafio portanto é, estabelecer um ponto de contato entre os novos convertidos do presente século e a inerrância da Palavra de Deus em todas as eras. Apresentar as verdades de Cristo e trazer para a mesa de discussão que, essas verdades são inquestionáveis, não importam as mudanças sociais, mudanças de visão do mundo, das sociedades locais. 
O pecado precisa ser confrontado, caso contrário, o pecador não se tornará jamais um arrependido, mas sim, um poço de remorso até a próxima investida pecaminosa gerada em sua mente não transformada.

Céu, o inferno, cruz, e arrependimento, esses assuntos precisam voltar urgentemente aos púlpitos públicos, há uma geração interminável de crentes conformados com a situação e o estado pecaminoso em que vivem, pregadores profundamente atolados na lama do pecado, há um entorno sombrio, uma camada espessa de trevas e vaidade, uma falta de coragem misturada com sensações de arrependimento e bem estar com Deus até a próxima e irresistível tentação, gatilhos emocionais, quer por acidente, quer por busca, orações mal completadas em que o juízo já se estabeleceu, a vida degenerada arrebatou a ousadia para entrar no Santo dos Santos (Hebreus 10: 19,20), a técnica vocal foi substituída pela presença do Espírito, este está sozinho no púlpito público se alimentando das palmas e não das lágrimas dos arrependidos, um fogo de juízo o consome, desse, já se foi o Espírito.
Salmos 19:12.  Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.   

   

 


[1] https://www.significados.com.br/empatia/
[2] https://www.dicio.com.br/remorso/
[3] https://draanabeatriz.com.br/psicopatia-vs-sociopatia-entenda-as-diferencas-cruciais/











terça-feira, 8 de outubro de 2024

PROFETAS E SÁBIOS – HILLEL E SHAMMAI.

 


Shamai, o Ancião (50 a.C. - 30 d.C.) Hilel, o Ancião ou o Babilônico (60 a.C.- 9 d.C.)


  1. Introdução – Quem foram Hillel e Shammai? Hillel e Shammai foram dois de nossos maiores Sábios, cujas discussões sobre a Lei Judaica resultaram na criação de duas escolas de pensamento: a escola de Hillel – que era, geralmente, mais leniente – e a escola de Shammai – que era mais rígida quanto às Leis da Torá. Ensina o Talmud que os ensinamentos de ambas as escolas refletem a Vontade Divina, mas que nós devemos seguir as diretrizes da escola de Hillel. Porém, na era messiânica, ensinam os nossos Sábios, a Torá será seguida conforme os ensinamentos da escola de Shammai. [1]
  2. O sábio Hillel – Hillel era reverenciado como verdadeiro líder espiritual e religioso. O rei Herodes não teve outra escolha senão aceitar a autoridade religiosa do Sanhedrin, reconhecer o prestígio de Hillel e respeitar o controle que este exercia sobre a vida religiosa. O sábio que era puro amor, humanismo e bondade, infinita paciência e profunda humildade.

Na Terra de Israel, no último meio século que antecedeu a Era Comum, houve uma grande disseminação da Lei Oral, que tornou os eruditos da Mishná os verdadeiros líderes do povo, embora a autoridade política e o alto sacerdócio se encontrassem em outras mãos.

Estes sábios são os Tanaim. Taná, em aramaico, significa aquele que estuda, repetindo e transmitindo os ensinamentos de seus mestres. O período dos Tanaim foi de criatividade, inovação e grande florescimento da cultura judaica, ao mesmo tempo em que foi de profunda turbulência e crise, culminando com a destruição do Templo no ano 70 da Era Comum, o que tornou necessária a reestruturação de toda a vida religiosa.

A primeira geração de Tanaim, que exerceu suas atividades no início do reinado de Herodes, é representada por Hillel e Shamai, fundadores de duas escolas que levaram seus nomes (Bet Hillel e Bet Shammai). Apesar de todas as controvérsias que se acenderam entre estas, ambas inscreviam-se na estrutura tradicionalmente aceita no judaísmo. As disputas haláchicas entre elas prosseguiram por muitas gerações até que finalmente prevaleceram os pontos de vista da Casa de Hillel. O Talmud Babilônico nos traz, numa única frase, a conclusão: “Ambas são as palavras do D’us vivo, e a decisão está de acordo com a casa de Hillel.”

As duas escolas refletem a personalidade de seus fundadores. Hillel era uma pessoa amável, simples, próxima às camadas mais modestas, e suas máximas breves refletem sua generosidade, piedade e amor à humanidade. Shamai era extremamente íntegro, mas rígido e irascível. No Talmud se diz: “Que o homem seja sempre humilde e paciente como Hillel e não exaltado como Shammai.”

Hillel foi o menos sentencioso e o mais tolerante dos sábios rabínicos. Falava a língua do povo, ao qual ensinava ética. Suas palavras refletem seu humanismo e bondade: “Não faça aos outros o que não quer que façam a você. Aí está toda a Torá. O resto é mero comentário.” Ou…”Sejam como os discípulos de Aarão, amando e buscando a paz, amando a humanidade e aproximando-a da Torá”. E, talvez, sua máxima mais famosa seja: “Se não eu por mim, quem por mim? Se eu for só por mim, quem sou eu? Se não for agora, quando?”

Hillel nasceu numa próspera família da Babilônia e com cerca de trinta anos foi estudar com os sábios Shemaia e Abtalion em Jerusalém. Lá, ele vivia em condições de grande penúria, trabalhando como simples lenhador. O amor ao estudo fazia com que adiasse seu retorno à cidade natal, onde seus correligionários viviam em paz, longe das turbulências que agitavam a Terra de Israel.

Conta-se sobre Rabi Hillel que, quando estudava em Jerusalém, era tão pobre que só ganhava uma moeda de cobre por dia de trabalho. Metade desse dinheiro ele dava ao bedel, para poder freqüentar a Casa de Estudo, e a outra metade usava para o seu sustento e o de sua família. Certo dia, não ganhou nada. Nesse dia, nem ele nem sua família comeram; mas, ansioso para ouvir as palavras de Shemaia e Abtalion, e como o bedel não o deixou entrar sem pagar, Hillel subiu no telhado e, deitado sobre a clarabóia, se esforçou para ouvir as discussões.

Concentrado como estava, não lembrou que era sexta-feira, em pleno inverno, nem que nevava. Passou, assim, a noite deitado sobre o telhado. No dia seguinte, a academia pareceu bem mais escura do que de costume: a clarabóia estava coberta de neve, mas olhando bem dava para perceber o contorno de um homem debaixo da neve. Logo reconheceram Hillel, a quem lavaram, massagearam com óleo, deixando-o esquentar-se perto do fogo. Ninguém hesitou em transgredir o Shabat para salvá-lo.

Após a morte de Shemaia e Abtalion, provavelmente Hillel voltou para a Babilônia, mas visitava frequentemente Jerusalém em peregrinação antes das Grandes Festas ou a cada vez que precisava esclarecer alguma dúvida sobre as leis.

Hillel foi o primeiro dos autores da Mishná a afirmar que o judaísmo tinha como objetivo implementar o cumprimento dos deveres de cada indivíduo em relação a seu próximo e que todos os mandamentos são meios para alcançar esta finalidade. Também foi o primeiro a estabelecer o princípio do amor fraterno como condição principal para todos os mandamentos da Torá.

Conta a Hagadá que um gentio procurou Hillel, pedindo que lhe ensinasse toda a Torá enquanto ele se equilibrava sobre uma perna só. Este, em vez de expulsá-lo por sua insolência, como fizera Shammai, disse-lhe calmamente: “Não faça aos outros o que não quer que façam a você. Eis toda a Torá. Todo o resto é comentário. Vai e estuda!”

Hillel era tão bondoso com os outros que tolerava todos os caprichos, sem ficar com raiva. Certa vez, ofereceu a um homem pobre um cavalo e um escravo que corresse na sua frente, como era costume. Como não conseguiu o escravo, ele mesmo ficou correndo na frente do homem, por um percurso de três milhas. A paciência de Hillel era tão inabalável, que há várias histórias sobre tentativas frustradas de o fazer enfurecer-se.

Uma vez um homem apostou 400 moedas de prata que faria Hillel perder a paciência. Foi procurar o mestre na sexta-feira, quando este tomava banho, preparando-se para o Shabat: “Quem é Hillel e onde ele está?” Hillel se enrolou em uma toalha e foi ver quem o chamava. “Eu tenho uma pergunta, disse: “Por que os babilônios têm a cabeça redonda?” “Boa pergunta”, respondeu Hillel. “É porque suas parteiras não são suficientemente competentes”. Pouco depois o mesmo homem voltou e, novamente, chamou Hillel com arrogância, perguntando por que o povo de Tadmor tem a vista fraca. “É porque Tadmor é situada em uma região desértica e a areia entra nos olhos de seus habitantes”.

Pouco depois, o homem voltou a chamar Hillel para fazer-lhe mais uma pergunta: “Por que os africanos têm os pés tão largos?” “Porque eles andam descalços em terreno pantanoso.” Aí o homem disse: “Eu tenho mais uma pergunta, mas estou com medo de que você fique bravo”. “Faça quantas perguntas quiser e eu responderei da melhor forma que meus conhecimentos permitirem”. “Você é Hillel, o Nassi dos judeus?” “Sou”. “Então espero que os judeus não tenham ninguém mais como você! Por sua causa perdi uma grande soma de dinheiro, apostando que conseguiria enfurecê-lo.” E Hillel respondeu: “Mesmo que você perca o dobro deste valor, não conseguirá fazer-me perder a paciência!” [2]

III. Beit Hillel e Beit Shammai

Hillel é conhecido por ser um sábio que preservava o amor, o humanismo, a bondade, a paciência e a humildade. Ele foi o primeiro dos rabinos fariseus, nasceu na Babilónia durante o século I a.e.c., mudou-se para a Judeia com 14 anos; passou alguns anos em Jerusalém e depois  mudou-se  para a Galileia.

Os seus ensinamentos encontram-se relatados no Pirkei Avot (a ética dos pais), escrito na Babilónia e depois acrescidos de outros ensinamentos, sendo adicionados ao Talmud. Nessa época, houve uma grande disseminação do Talmud, que tornou os eruditos da Mishná os verdadeiros líderes religiosos do povo, os chamados Tanaim (de Taná, em aramaico, significa aquele que estuda, repetindo e transmitindo os ensinamentos de seus mestres).

O Sábio Hillel – A primeira geração dos Tanaim, que exerceu suas atividades no início do reinado de Herodes, é representada por Hillel e Shammai, fundadores de duas escolas que levaram seus nomes (Beit Hillel e Bet Shammai). As duas escolas refletiam a personalidade do seus fundadores. Hillel era uma pessoa amável, simples, próxima às camadas mais modestas, e suas máximas breves refletem na sua generosidade, piedade e amor à humanidade. Shammai era extremamente íntegro, mas rígido e irascível.

Hillel foi responsável pelo estabelecimento da Halachá, o conjunto de regras baseadas na interpretação da Tora, ou seja, como um judeu deveria viver de acordo com a Tora. Ele foi o líder de uma revolução espiritual no judaísmo. Ele acreditava na presença contínua de D’us no Universo e que a única maneira dos homens servirem a D’us era por meio de seus atos, sendo diretamente responsáveis por eles perante D’us. Falava também de união mística entre D’us e o homem. Apesar de todas as controvérsias que se acenderam entre estas, ambas se inscreviam na estrutura tradicionalmente aceite no judaísmo. As disputas pela Halachá entre elas prosseguiram por muitas gerações até que finalmente prevaleceram os pontos de vista de Hillel.

Os seus ensinamentos eram muitas vezes opostos aos ensinamentos de Shammai. Dizem que o Talmud regista 300 discordâncias entre eles, mas esse número inclui as discordâncias entre os seus discípulos, uma vez que ambos criaram escolas rabínicas. Como já citado, Hillel era um homem de paz, humilde e respondia a todas as perguntas que lhe eram feitas, mesmo as constrangedoras. Ao contrário de Shammai, Hillel tinha alunos não-judeus. Ele estimulava, nos homens, a auto-estima com o seu pensamento mais famoso: “Se eu não for por mim mesmo, quem será por mim?

E, se somente por mim, o que sou eu? E, se não for agora, quando?”. E com outro: “Aquele que tenta engrandecer seu nome o destrói; aquele que não aumenta seu conhecimento o diminui e aquele que não estuda merece morrer”. Hillel teve na sua academia 80 discípulos, muitos dos quais importantes. O conselho dos membros da corte de Herodes não foi seguido. Ele faleceu no ano 10, 14 anos depois da morte de Herodes, o Grande.

Shammai, assim como Hillel, era um judeu nascido no século 1 a.e.c., um líder religioso importante e grande na literatura rabínica, na Mishnah (primeira discussão feita a partir da Torá que vai para o Talmud). Ele era o “adversário” de Hillel, sendo sempre mencionado junto a ele. Diferentemente de Hillel, Shammai era um homem rígido, justo e sem paciência. Uma das histórias que se conta é que um dia, um homem veio em busca de Shammai e pediu para ser convertido: “Converto-me na condição de  você me ensinar toda a Torá, enquanto eu estou apoiado em um só pé”, Shammai empurrou-o para fora com a régua em sua mão, então veio Hillel e lhe disse: “ Não o faças aos outros o que não desejas para ti. Esta é a Torá, o resto é comentário. Vai e aprende.”.

Numa época de grande agitação política e social, Shammai foi uma grande influência, recusando-se a ser intimidado pela potência estrangeira.

Ele cresceu à sombra da opressão de Herodes, e acreditava sempre que era necessário ter uma postura firme para lidar com os adversários da tradição judaica. Conta-se que, quando Herodes apareceu na sala do Sinédrio, rodeado pela guarda real, totalmente armados, o silêncio reinava. Podia-se sentir o sentimento de intimidação naquela sala, quando, apenas Shammai, sem medo, levantou-se para falar contra ele. Passou então a fazer decretos para separar e proteger a comunidade judaica da interferência de Herodes e dos romanos.

Ele alertou o perigo de Herodes aos seus colegas, avisando-os de que ele iria dominá-los sem piedade. Na verdade, Shammai foi um dos poucos a sobreviver. No entanto, apesar de toda a sua tenacidade em assuntos jurídicos e políticos, temos uma perspectiva bastante diferente de Shammai quando nos voltamos para a Halachá. Lá, Shammai diz: “Cumprimente cada homem com um semblante alegre e um sorriso”.

Os preceitos morais da Halachá estão associados aos sábios que não só ensinavam, mas viviam daquela maneira. Aqui, Shammai era um homem com um sorriso radiante e pronto, que seus colegas e discípulos conheciam tão bem. Então, como compreender Shammai? Porque ele mesmo não seguia seus ensinamentos? A resposta encontrada é que Shammai não é o homem dos “pedidos”. Ele acreditava, assim como na história da conversão do homem apoiado em um pé só, que, para aprender a Torá não se podia ter pressa, e, se um candidato a conversão tem pressa, é porque não a merece.

Shammai – No Talmud se diz: “Que os homens sejam sempre humildes e pacientes como Hillel e não exaltados como Shammai.”. Isso soa como uma condenação, mas, na verdade, é como um conselho: “Se você é como Shammai, e suas motivações são puramente por uma questão do Céu e do bem de Israel, então pode ser tão severo com os outros como ele era.”. Entretanto, mesmo que não possamos compreender Shammai por completo, podemos tentar compreendê-lo apenas um pouco. Shammai – O Entendido. [3]

Fontes: [1] http://estudosjudaicos.blogspot.com/2008/06/quem-foram-hilel-e-shamai.html [2] Revista Morasha: http://judaismohumanista.ning.com/profiles/blogs/o-sabio-hilel-revista-morasha [3] Eterna Sefarad: http://zivabdavid.blogspot.com/2013/02/bet-hilel-e-bet-shamai.html

Sanhedrin é um termo que se refere a uma assembleia de juízes que desempenhava um papel de corte e legislativo na antiga IsraelA palavra vem do hebraico sanhedrîn e do grego synedrion, que significa "assembleia sentada". 

A Mishná é o código de leis orais passadas de geração a geração e foi escrita em hebraico. A Guemará é todo o comentário sobre estas leis orais e foi escrita em aramaico. O objetivo principal dos sábios do Talmud era o de delinear para o povo judeu um plano claro para uma forma total de vida.

A palavra hebraica “Halachá” é derivada do verbo “lalech”, que significa ‘ir’. Halachá é o código de lei judaica e contém “o caminho que deve ser seguido” na vida. Uma decisão que seja conforme com a Halachá quer dizer que está de acordo com as leis e diretrizes da Torá.

*Todo conteúdo é de responsabilidade de seu autor.




quarta-feira, 24 de abril de 2024

A Septuaginta - Antigo Testamento Em Grego.

 




Septuaginta (LXX)

O antigo testamento em grego. [Velho Testamento (VT) em Grego]

A Septuaginta inclui alguns livros não encontrados na bíblia hebraica. Muitas bíblias da Reforma seguem o cânone judaico e excluem estes livros adicionais. Entretanto, católicos romanos incluem alguns destes livros em seu cânon e as Igrejas ortodoxas usam todos os livros conforme a Septuaginta. Os quais são comumente chamados de apócrifos.

Julgue todas as coisas e retenha somente o que for bom.

Torah
Gênesis - Cap: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
Êxodo - Cap: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Levítico - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Números - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Deuteronômio - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34


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Josué - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Juízes - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Rute - Capítulo: 1 2 3 4
1 Samuel - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
2 Samuel - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
1 Reis - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
2 Reis - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
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2 Crônicas - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Esdras - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Neemias - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Ester - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10


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Cântico dos Cânticos - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8


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Ezequiel - Cap: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
Daniel - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Oséias - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Joel - Capítulo: 1 2 3 4
Amós - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Obadias - Capítulo: 1
Jonas - Capítulo: 1 2 3 4
Miquéias - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7
Naum - Capítulo: 1 2 3
Habacuque - Capítulo: 1 2 3
Sofonias - Capítulo: 1 2 3
Ageu - Capítulo: 1 2
Zacarias - Capítulo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Malaquias - Capítulo: 1 2 3

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